quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Making a Murderer é das séries mais impressionantes e angustiantes já realizadas

Acabou o recreio! Você que já se divertiu aos montes com Stranger Things precisa, agora, de um choque de realidade.


A ficção é capaz de nos contar histórias leves e encantadoras, como também as mais escabrosas, absurdas e cruéis. Neste último caso, geralmente ficamos aflitos, tristes, pensativos... depois, conversamos com os amiguinhos e desabafamos: “Nossa, o Daniel Day Lewis come o pão que o diabo amassou, hein?! Que filme pesado! Que atuação!”. Então, com o passar das horas ou dos dias, há uma espécie de naturalização e consequente alívio sobre aquilo que se viu.

Esse alívio dificilmente vai acontecer quando você assistir à Making a Murderer, série documental da Netflix.


Sem contar muito para não estragar sua experiência (segure sua onda e não saia antes descobrindo tudo sobre a série no Google, é sério!), Making a Murderer conta a história de Steven Avery, um americano de Wiscosin que, por meio de um exame de DNA, prova sua inocência após 18 anos preso por um crime de agressão sexual. O fato toma repercussão nos EUA. Então, quando está prestes a receber uma indenização do governo por tudo que passou, Avery se torna o principal suspeito de um novo crime: o assassinato de Teresa Halback, uma fotógrafa de 25 anos.

Em 10 episódios de aproximadamente 1 hora cada, a série registra 10 anos da vida de Steven Avery, sua família e demais envolvidos, mostrando julgamentos, entrevistas, depoimentos e, especialmente, as contradições sobre os fatos apresentados. Uma gama riquíssima de personagens é vista, de pessoas de extrema simplicidade a verdadeiros psicopatas agindo em nome da lei.

A sensação é de estar em um bizarro, deprimente e angustiante pesadelo judicial e criminal, um pesadelo que não se encerra.

Infelizmente, não será possível falar sobre a atuação do Daniel Day Lewis ao final, pois ali tudo é real.

Making a Murderer é imperdível! Você precisa ver.

Classificação: 4 / 5

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